quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Liderança: Fácil ou Difícil?

Pensou o subordinado: - Senhor, dê-me paciência para agüentar meu chefe, porque se me der força... eu bato nele!

Pequena, mas verdadeira história, afinal atire a primeira pedra quem nunca teve esse pensamento.

A verdade é que liderar não é tarefa fácil, mas primordial para quem quer ter sucesso na carreira.

Na liderança há a mistura de arte e ciência, porém hoje a exigência por melhores resultados, inovar e crescer faz com que essa tarefa seja cada vez mais árdua.

O caos organizacional e a falta de tempo não servem como desculpas para a falta de planejamento, foco e trabalho em equipe. Ele já está instalado entre nós. Feliz daquele que compreende e administra o caos.

Toda equipe, normalmente, é reflexo de sua liderança, assim como os filhos são reflexos de seus pais.

Nesta difícil trajetória, que tal refletirmos sobres pontos importantes na relação lideranças X liderados?


Definir missão e valores

Sua equipe sabe qual o norte a ser seguido? Quais os valores que nunca devem ser esquecidos? Qual a razão da existência da empresa e em que ela efetivamente acredita? As ações de sua equipe devem ser condizentes com a missão maior da empresa e é através da missão que deve ser iniciado o planejamento estratégico de qualquer organização.


Visão sistêmica

Conseguir enxergar o todo, ser capaz de compreender que somos interdependentes e que o triunfo é quando todos conseguem atingir seus objetivos. Assim, como o corpo humano, sua empresa depende de cada setor para sobreviver, ao invés de promover competição entre os setores promova a sinergia entre os mesmos. Um bom ambiente de trabalho é quando todos de alguma forma sentem que fazem a diferença no resultado final.


Integre a equipe

Você conhece cada membro de sua equipe? Seus sonhos, metas, aspirações, hobbies, um pouco sobre sua história de vida. A integração facilita a comunicação, cria relacionamentos e cumplicidade. Não perca pequenas oportunidades para promover festas, happy hour, atividades esportivas, treinamentos ao ar livre com todos seus funcionários e quando possível traga a família para conhecer a empresa para que entenda o que a pessoa faz, enfim, qual o seu trabalho.


Respeitar a individualidade

Aceitar diferenças, tentar entender o porquê de determinado comportamento, evitar julgamentos, criar um ambiente de confiança. O bom líder sabe que cada pessoa tem seu tempo, seu ritmo e cabe a ele ajustar processos e tarefas ao que realmente cada um é capaz de fazer. Pedir aquilo que se pode efetivamente dar, sem fazer do poder atos de terrorismo organizacional, criando desgastes desnecessários.


Entender o conceito de competência

A palavra incompetente é forte e ofensiva. Você sabe realmente o que torna uma pessoa competente ou o contrário disso? Competência tem três pilares: conhecimento, habilidade e atitude. Antes de pensar ou rotular alguém de competente ou incompetente pense se esta pessoa sabe o que tem de fazer (conhecimento), sabe o como fazer, se tem as condições adequadas para fazer (habilidades) e se quer ou gosta de fazer (atitudes). Esta é uma receita simples, mas poderosa para ser usada na prática motivando sua equipe e evitando rótulos que quase sempre ficam impossíveis de serem retirados.

Líder que é líder não tem medo de pedir ajuda, dizer "não sei" ou "não vai dar"

Humildade não é sinal de fraqueza, dizer "não sei" não significa falta de preparo e é melhor dizer "não" do que prometer algo que não possa ser cumprido.Vejo líderes relutantes em demonstrar sentimentos, querem demonstrar opinião formada sobre tudo e preferem a morte ao passar a impressão de incapacidade. Lembre-se que antes de ser líder você é um ser humano que tem coração, sentimentos, fases boas e más e que como qualquer outra pessoa tem todo o direito de errar, sentir insegurança, medo ou raiva. Não há maneira de fugir desses sentimentos, então creio que a diferença do sucesso e do fracasso está em como gerir suas emoções, compartilhar responsabilidades, problemas e glórias.


Ser coerente na relação discurso X prática

O sentimento de justiça é criado quando há o máximo de coerência entre discurso e ação. Incoerente, uma vez ou outra, todos nós somos, afinal é muito difícil ter uma conduta o tempo todo excepcional, ser certinho em tudo. Mas, integridade e coragem são práticas diárias. O líder é o maior exemplo e suas condutas são o reflexo de outras, ele é o grande harmonizador ou conturbador do ambiente. A responsabilidade é grande e não adianta querer tirar o corpo fora, porque no final os resultados serão cobrados de você, mas se sua equipe tem o sentimento de justiça em relação a sua conduta, mesmo nas decisões mais complicadas e impopulares ela, em sua maioria, o apoiará. Perca tudo, menos a confiança e o respeito de sua equipe.


Criar um sentimento de causa

Muitas organizações sem fins lucrativos chegam a excelência em administração de custos, desperdício zero ou administração do tempo. Muitas equipes esportivas extraem o melhor de cada atleta e atingem grandes conquistas. Por quê? Porque existe o sentimento de causa. A conquista de uma medalha, de um título, de um recorde, a ajuda humanitária, entre outros fatores. Na empresa existe a cultura capital e trabalho, mas será que não é possível demonstrar a nossa equipe o algo mais. Empresas de telecomunicações aproximam pessoas, as de entretenimento realizam sonhos, construtoras constroem o seu lar, academias colaboram com a sua saúde e auto-estima, a lista é longa, mas o que quero dizer é que precisamos sempre trabalhar este pensamento com nossos colaboradores. Não é somente a remuneração que atraem e retêm os talentos, é a capacidade de desafiar, criar oportunidades e o sentimento de causa que criam grandes equipes.

Não existe uma grande equipe sem um grande líder e tão importante quanto o destino final é a forma como é conduzida a jornada, vencendo obstáculos, superando tormentas, celebrando conquistas, sempre com um rumo certo a seguir e a certeza de uma grande chegada.

*Paulo Araújo é conferencista e autor de Motivação - Hoje e Sempre (editora Qualitymark), entre outros livros. Site: www.pauloaraujo.com.br / Contato: (41) 267 6761

Os Quatro Pilares da Administração

• Planejamento

• Organização

• Liderança

• Controle


Planejamento

Planejamento dos meios e recursos a serem utilizados para a realização de objetivos. O planejamento pode ser feitos em etapas, que é um procedimento sistemático eficiente. Primeiro deve-se analisar os objetivos e fazer uma lista deles e que outras atividades serão necessárias para completar os objetivos. Uma técnica muito usada nesta etapa é o brainstorming (Detalhes do Brainstorming na postagem sobre Ferramentas da Qualidade). Desse modo prevê-se melhor as atividades que terão que ser feitas e quais os inconvenientes que podem surgir. Após esta análise deve-se planejar o tempo que será gasto em cada uma das atividades. A programação do tempo pode ser feita com o auxílio de diagramas, organogramas, cronogramas e tabela indicativas de tempo. O planejamento de recursos também é outro ponto muito importante. Neste planejamento deve-se reunir os recursos necessários para a realização das atividades como mão-de-obra, material permanente (equipamentos), material de consumo (combustível), serviços (viagens, serviços técnicos) e outras despesas (impostos, taxas), bem como a quantidade necessária e o tempo de uso de cada uma.

Antes de completar o planejamento deve-se incluir a avaliação de riscos. Como toda a atividade inclui seus riscos de realização, o plano deve conter medidas de contingência para os empecilhos previstos. Para uma melhor análise dos riscos, deve-se separá-los em categorias. Elabora minuciosamente as atividades a serem realizadas, o que torna mais segura a realização dos objetivos, já que prevê os custos, o tempo e os riscos envolvidos.


Organização

Como é bom você chegar à sua empresa e a mesa está organizada. Se precisar de um documento, sabe onde encontrá-lo, setores bem divididos e organizados. Uma das boas ferramentas da Qualidade para que essa “organização” seja perfeita, é o Programa 5S (falaremos mais detalhadamente dele em outra oportunidade).


Liderança

É muito comum o colaborador que mais se destaca em uma atividade técnica ou por tempo de casa ser promovido à líder, mas na hora do “vamos ver”, será que ele está preparado? Na maioria das vezes não! Nesse momento, identificamos que perdemos um grande colaborador técnico e conquistamos um péssimo líder.

Os pilares de sustentação de uma liderança eficaz são atitudes básicas que o novo líder tem que adotar, para que possa começar a gerar ótimos resultados para a organização. Em seguida apresentaremos nove pilares:

1. Conquiste o respeito da equipe – lembre-se: primeiro você respeita as pessoas, depois será respeitado;

2. Preocupe-se com os colaboradores – demonstre seu carinho e preocupação por suas virtudes e defeitos. Cabe aqui salientar que estamos tratando de pessoas, que em algum momento cometerá erros. Trate essas falhas como uma fonte de aprendizado;

3. Aja com sinceridade – ninguém espera um líder super-herói, mas que seja sincero e honesto em sua postura e atitudes. Você é o espelho da sua equipe;

4. Lidere pela influência – você conquistou a sua posição através de muito trabalho, dedicação e suor. Se conseguir influenciar seus colaboradores a ter a mesma postura, com certeza fará uma liderança eficaz;

5. Seja humilde – essa é uma das grandes características do líder eficaz. Humildade faz com que as pessoas abracem e briguem por suas idéias. Sendo humilde, você também pode reconhecer que está sujeito a erros e reconhecê-los trará mais credibilidade junto à equipe. Existem líderes que quando erram, por medo ou receio, não reconhecem a falha ou tentam empurrar aos colaboradores, isso é o verdadeiro sinal de fraqueza e falta de humildade. O líder eficaz sabe que está sujeito a erros. Lembre-se: quando você errar, assuma suas responsabilidades e monte um procedimento para que não aconteça novamente;

6. Reconheça os acertos de sua equipe – o melhor momento para brindar o sucesso é na hora que ele acontece. Quando um colaborador acerta ou conclui uma tarefa que fará toda a diferença, não tenha medo de reconhecê-lo perante os outros colaboradores. Essa é uma atitude em que o colaborador se sentirá importante para a equipe e que seu trabalho faz a diferença;

7. Crie um clima de festividade e harmonia em sua equipe – não deixe que a tensão das empresas tome conta do dia-a-dia do seu setor. Ninguém gosta de trabalhar em um campo de concentração;

8. Seja transparente – não deixe que fofocas rondem o seu setor. Sendo transparente, os colaboradores irão lhe procurar para tirar dúvidas e obter informações. Assim você não deixará espaço para a rádio-peão, que pode acabar com a liderança eficaz e seus resultados. O colaborador tem que se preocupar com o que realmente interessa que é fazer o seu trabalho com a máxima eficiência e não ficar preocupado com fofocas e intrigas que não leva a equipe a lugar nenhum;

9. Sirva à sua equipe – Não é demérito algum servir aos colaboradores. Muito pelo contrário! Quando criamos um clima de servidão em nosso setor, estamos sinalizando a todos que não só o atendimento aos clientes externos é importante, mas o cliente interno também tem que ser atendido com a máxima eficácia possível, para que a organização possa crescer e ter reconhecimento do mercado em que está inserida. Servir é superar as expectativas de todos que necessitam de nós, internamente e externamente. Na equipe podemos servir de diversas formas (ensinando, treinando, lutando para melhorar as condições de nossos colaboradores, reconhecendo-os e corrigindo-os através de feedbacks, desafiando-os etc.).

É claro que temos diversos pilares de sustentação para a liderança; listei os que mais costumam acabar com o líder em seu dia-a-dia. O importante é ter em mente que estamos lidando com pessoas que possuem sentimentos e anseios pessoais e profissionais.

Existe uma frase que demonstra muito bem o que é liderar colaboradores: “Liderar pessoas é levá-los a lugares que jamais iriam sozinhos, apesar de que cada um caminhará com as suas próprias pernas” – autor desconhecido.

Autor: Washington Luis Silva de Souza


Controle

Quando não se sabe se está gastando mais do que está ganhando, aí é sinal que você perdeu o controle de tudo. É preciso monitoramento, acompanhamento. Sempre! Pois, no mínimo descuido, a empresa pode perder o rumo e ir ladeira abaixo.

O controle dentro da administração foi mencionado por Fayol, em Teoria da Administração Científica, como uma das cinco funções primordiais da administração (SARDI, 2007, p. 10); de tal forma que a sua inexistência ou deficiência tem reflexos negativos nas demais funções (planejamento, organização e liderança), resultando na ineficácia e ineficiência da instituição.